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Criado e editado por Daniel Gaspar - Dan.ujs@hotmail.com

sábado, 16 de outubro de 2010

Mensagem da Presidente: Abertura do Blog da AMCET

Caros Associados,

Aproveitando hoje o dia do médico, inauguramos o nosso blog. Acreditamos que um espaço como este seja importante para a interação sobre os diversos temas, informações, troca de idéias e experiências entre nós.

E agradeço desde já a todos os colegas associados que visitarem e postarem sua opinião, que será valiosa para o crescimento da AMCET. Bom saber que todos vocês que vem acreditando nos trabalhos de nossa Associação com vistas a fazer com que a firmemos, cada vez mais, como órgão representativo da classe médica no Planalto Norte, e espero, ainda, contar com o apoio de todos vocês no sentido de estarem nos enviando matérias, sugestões, idéias, criticas, comentários e fotos, entre outros, para a atualização e enriquecimento constantes de nosso blog.





                                                      Parabéns pelo Dia do Médico!


                                                      Dra. Marluce da Costa Mello
                                                      Presidente da AMCET

Classes profissionais e suas virtudes por Dra. Maria da Conceição Lourenço Azêdo

Fico muitíssimo feliz com o convite para trazer uma mensagem para os colegas nesta nova ferramenta, que esperamos, seja um canal de comunicação vivo e eficaz. Abordarei o tema classes profissionais e suas virtudes, passaremos pela ética e seu novo código e finalizarei com uma reflexão sobre a sensibilidade do profissional médico.
Dra. Maria da Conceição Lourenço Azêdo, Ginecologista, Obstetra
e Presidente Regional do SIMESC

CLASSES PROFISSIONAIS E SUAS VIRTUDES, INCLUINDO A ÉTICA.
Uma classe profissional caracteriza-se pela homogeneidade do trabalho executado, pela natureza do conhecimento exigido preferencialmente para tal execução e pela identidade de habilitação para o exercício da mesma. A classe profissional é, pois, um grupo dentro da sociedade, específico, definido por sua especialidade de desempenho de tarefa.
A questão, pois, dos grupamentos específicos, sem dúvida, decorre de uma especialização, motivada por seleção natural ou habilidade própria, e hoje se constitui em inequívoca força e presença indispensável dentro das sociedades.
Historicamente, atribuem à Idade Média a origem das organizações de classes trabalhadoras, notadamente as classes de artesãos, que se reuniram em corporações.
A união dos que realizam o mesmo trabalho foi uma evolução natural e hoje se acha não só regulada por lei, mas consolidada em instituições fortíssimas de classe, que acabam por direcionar os profissionais em seus direitos e deveres.
VIRTUDES PROFISSIONAIS
Apesar da existência dos deveres de um profissional, que são obrigatórios, devem ser levadas em conta as qualidades pessoais que também concorrem para o enriquecimento de sua atuação profissional, algumas delas facilitando o exercício da profissão.
Muitas destas qualidades serão adquiridas com esforço e boa vontade, aumentando neste caso o mérito do profissional que, no decorrer de sua atividade profissional, consegue incorporá-las à sua personalidade, procurando vivenciá-las ao lado dos deveres profissionais.
Em um artigo publicado na revista EXAME o consultor dinamarquês Clauss Moller faz uma associação entre as virtudes responsabilidade, lealdade e iniciativa como fundamentais para a formação de recursos humanos. Segundo Clauss, o futuro de uma carreira depende dessas virtudes. Vejamos:
O senso de responsabilidade é o elemento fundamental da empregabilidade. Sem responsabilidade o profissional não pode demonstrar lealdade, nem espírito de iniciativa. Uma pessoa que se sinta responsável pelos resultados da equipe terá maior probabilidade de agir de maneira mais favorável aos interesses da equipe e de seus clientes, dentro e fora da organização. A consciência de que se possui uma influência real constitui uma experiência pessoal muito importante. É algo que fortalece a auto-estima de cada pessoa.
A lealdade é o segundo dos três principais elementos que compõe a empregabilidade. Um funcionário leal se alegra quando a organização ou seu departamento é bem sucedido, defende a organização, tomando medidas concretas quando ela é ameaçada, tem orgulho de fazer parte da organização, fala positivamente sobre ela e a defende contra críticas.
Lealdade não significa necessariamente, fazer o que a pessoa ou organização à qual você quer ser fiel deseja que você faça, ou seja, não é sinônimo de obediência cega. Assim, ser leal às vezes, pode significar a recusa em fazer algo que você acha que poderá prejudicar a organização.
As virtudes da responsabilidade e da lealdade são completadas por uma terceira, a iniciativa, que é capaz de colocá-las em movimento.
Tomar a iniciativa de fazer algo no interesse da organização significa ao mesmo tempo, demonstrar lealdade pela organização. Em um contexto de empregabilidade, tomar iniciativas não quer dizer apenas iniciar um projeto no interesse da organização ou da equipe, mas também assumir responsabilidade por sua complementação e implementação.
Há ainda outras qualidades que são consideradas importantes no exercício de uma profissão:
Honestidade:
A honestidade está relacionada com a confiança que nos é depositada, com a responsabilidade perante o bem-estar de terceiros e a manutenção de seus direitos.
É muito fácil encontrar falta de honestidade quanto existe fascinação pelos lucros, privilégios e benefícios fáceis, pelo enriquecimento ilícito em cargos que outorgam autoridade e que têm a confiança de uma coletividade.
A honestidade é a primeira virtude no campo profissional. É um princípio que não admite relatividade, tolerância ou interpretações circunstanciais.
Sigilo:
O respeito aos segredos das pessoas, dos negócios, das empresas, deve ser desenvolvido na formação de futuros profissionais, pois se trata de algo muito importante. Uma informação sigilosa é algo que nos é confiado e cuja preservação de silêncio é obrigatória.
Dentro do exercício da medicina é sabido da total necessidade do sigilo, passível de punição se ocorrida a sua quebra por parte de profissionais.
Competência:
Competência, sob o ponto de vista funcional, é o exercício do conhecimento de forma adequada e persistente a um trabalho ou profissão. Devemos buscá-la sempre.
O conhecimento da ciência, da tecnologia, das técnicas e práticas profissionais é pré-requisito para a prestação de serviços de boa qualidade.
Nem sempre é possível acumular todo conhecimento exigido por determinada tarefa, mas é necessário que se tenha a postura ética de recusar serviços, quando não se tem a devida capacitação para executá-lo.
Prudência:
Todo trabalho, para ser executado, exige muita segurança.
A prudência, fazendo com que o profissional analise situações complexas e difíceis com mais facilidade e de forma mais profunda e minuciosa, contribui para a maior segurança, principalmente das decisões a serem tomadas. A prudência é indispensável nos casos de decisões sérias e graves, pois evita os julgamentos apressados e as lutas ou discussões inúteis, além das decisões precipitadas que poderiam nos levar ao erro.
Coragem:
A coragem nos ajuda a reagir às críticas, quando injustas, e a nos defender dignamente quando estamos certos de nosso dever. Ajuda-nos a não ter medo de defender a verdade e a justiça, principalmente quando estas forem de real interesse para outrem ou para o bem comum. Temos que ter coragem para tomar decisões, indispensáveis e importantes, para a eficiência do trabalho, sem levar em conta possíveis atitudes ou atos de desagrado dos superiores ou colegas.
Perseverança:
Qualidade difícil de ser encontrada, mas necessária, pois todo trabalho está sujeito a incompreensões, insucessos e fracassos que precisam ser superados, prosseguindo o profissional em seu trabalho, sem entregar-se a decepções ou mágoas.
Compreensão:
Qualidade que ajuda muito um profissional, porque é bem aceito pelos que dele dependem, em termos de trabalho, facilitando a aproximação e o diálogo, tão importante no relacionamento profissional.
É bom, porém, não confundir compreensão com fraqueza, para que o profissional não se deixe levar por opiniões ou atitudes, nem sempre, válidas para eficiência do seu trabalho, para que não se percam os verdadeiros objetivos a serem alcançados pela profissão.
Vê-se que a compreensão precisa ser condicionada, muitas vezes, pela prudência. A compreensão que se traduz, principalmente em calor humano pode realizar muito em benefício de uma atividade profissional, dependendo de ser convenientemente dosada.
Humildade:
O profissional precisa ter humildade suficiente para admitir que não seja o dono da verdade e que o bom senso e a inteligência são propriedade de um grande número de pessoas.
Representa a auto-análise que todo profissional deve praticar em função de sua atividade profissional, a fim de reconhecer melhor suas limitações, buscando a colaboração de outros profissionais mais capazes, se houver esta necessidade, dispor-se a aprender coisas novas, numa busca constante de aperfeiçoamento. Humildade é qualidade que carece de melhor interpretação, dada a sua importância, pois muitos a confundem com subserviência ou dependência, onde quase sempre lhe é atribuído um sentido depreciativo.
Imparcialidade:
É uma qualidade tão importante que assume as características do dever, pois se destina a se contrapor aos preconceitos, a reagir contra os mitos, a defender os verdadeiros valores sociais e éticos, assumindo principalmente uma posição justa nas situações que terá que enfrentar, ou seja, para ser justo é preciso ser imparcial.
Otimismo:
Na sociedade moderna, o profissional necessita e deve ser otimista, para crer na capacidade de realização da humanidade, no poder do desenvolvimento, enfrentando o futuro com energia, bom-humor e criatividade.
ÉTICA PROFISSIONAL
Cabe sempre, quando se fala em virtudes profissionais, mencionarmos a existência dos códigos de ética profissional.
As relações de valor que existem entre o ideal moral traçado e os diversos campos da conduta humana podem ser reunidas em um instrumento regulador.
É uma espécie de contrato de classe e os órgãos de fiscalização do exercício da profissão, passam a controlar a execução de tal peça magna.
Tudo deriva, pois, de critérios de condutas de um indivíduo perante seu grupo e o todo social.
Tem como base as virtudes que devem ser exigíveis e respeitadas no exercício da profissão, abrangendo o relacionamento com usuários, colegas de profissão, classe e sociedade.
O interesse no cumprimento do referido código passa, entretanto a ser de todos. O exercício de uma virtude obrigatória torna-se exigível de cada profissional, como se uma lei fosse, mas com proveito geral.
Cria-se a necessidade de uma mentalidade ética e de uma educação pertinente que conduza à vontade de agir, de acordo com o estabelecido. Essa disciplina da atividade é antiga, já encontrada nas provas históricas mais remotas, e é uma tendência natural na vida das comunidades.
A disciplina, entretanto, através de um contrato de atitudes, de deveres, de estados de consciência, e que deve formar um código de ética, tem sido a solução, notadamente nas classes profissionais que são frutos de cursos universitários, como nós médicos e outras categorias, onde uma ordem deve existir para que se consiga eliminar conflitos e especialmente evitar que se macule o bom nome e o conceito social de uma categoria, pois se muitos exercem a mesma profissão, é necessário que uma disciplina de conduta ocorra.
O paciente do século XXI não é o mesmo de quando da edição do Código de Ética Médica de 1988. Hoje o paciente já adentra o consultório médico munido do resultado dos seus exames previamente por “ele” avaliados e com um cabedal de informações sobre a doença ao qual porventura esteja acometido, adquiridas por meio de diversas ferramentas, como, por exemplo, a mais comumente usada nos dias atuais, que é a “Internet”.
Esse paciente não mais se deixará enganar por possíveis omissões ou falhas de procedimento. Para ele fará toda a diferença ter uma avaliação médica precisa, completa e segura. Ele certamente irá confrontar os relatos do profissional médico, com as informações previamente pesquisadas e procurará compreender além dos limites de sua formação. O paciente desejará, ainda, ter informações sobre os possíveis riscos e até mesmo os custos do tratamento, além do dispêndio de tempo para realizá-lo, de forma que todos os dados sejam ponderados e, conjuntamente, decididos. Acaso não esteja satisfeito com esse diagnóstico ou mesmo procedimento de tratamento sugerido, irá, invariavelmente solicitar uma segunda opinião. Portanto, o perfil desse novo paciente determina sua participação ativa daquilo que entende ser melhor para si.
Com este novo cenário, no dia 13 de abril de 2010 a classe médica comemorou seu Novo Código de Ética Médica (CEM), Resolução do Conselho Federal de Medicina (CFM) 1.931/09 de 24 de setembro de 2009, que abrigou Resolução do CFM 1.246/88, de 08 de janeiro de 1988.
Foram quase vinte e dois anos desde o último Código de Ética Médica e, como visto, de lá para cá, não só o perfil do paciente e as possibilidades tecnológicas evoluíram, como também se alterou a compreensão sobre a medicina e a ciência como um todo.
Os trabalhos de revisão do Código se iniciaram no ano de 2007 e foram concluídos por oportunidade da IV Conferência Nacional de Ética Médica em agosto de 2009. As propostas de mudanças foram intensamente debatidas pela classe médica, com espaço para a participação de entidades da sociedade civil e de Instituições Científicas e Universitárias, o que confere ao Código uma diversidade de opiniões jamais vista anteriormente.
Procurou-se, em seu processo de criação, levar em consideração as mudanças no meio científico, social e jurídico. Nesse ínterim, se fizeram necessárias a comparação e estudo de códigos de ética médica de outros países, além da ponderação de elementos da jurisprudência brasileira e posicionamentos que integram pareceres, decisões e resoluções das Comissões de Ética locais, do CFM e dos Conselhos Regionais de Medicina (CRM). Trata-se, portanto, de um Código alinhado às necessidades modernas.
Resta-nos, portanto, nos valermos desta ferramenta para que possamos como categoria, dentro dos critérios e normas estabelecidas, elevarmos o conceito de nossa classe junto à sociedade como um todo. A correta postura, certamente nos favorece e principalmente nos resguarda.
Sabemos que o número de médicos e de novas faculdades de medicina cresce progressivamente de acordo com o caos na saúde pública e na educação, o que parece não ter limite. Por outro lado o número de pacientes também vem aumentando, não apenas em função do crescimento demográfico, mas também pelo acesso a informação. Contudo, há uma sabida e progressiva acentuação de divisão de renda de forma que a pobreza toma uma parte cada vez maior desse contingente.
A relação entre os médicos e a sua situação como trabalhador adquiriu hoje um contexto singular: há cada vez mais médicos trabalhando como empregados – funcionários bastante lucrativos e pouco empreendedores. Há médicos inclusive que descobriram que empregar os colegas pode ser financeiramente bastante interessante.
Neste cenário, podemos imaginar que há mudanças fundamentais a serem realizadas dentro do âmago da medicina e que a classe médica encontra-se com dificuldades em se organizar para definir a sua situação, os seus problemas, moralizar a sua prática e de se atualizar, de forma que vem se submetendo sem resistência a situações de trabalho inadequadas e precárias e, às vezes, degradantes, principalmente nos grandes centros de nosso país.
Seria precipitado dizer que as faculdades de medicina e os serviços de residência médica formam profissionais desqualificados, já que o “provão do MEC” e outras provas de avaliação da qualidade de ensino nessas instituições são falhas, tendenciosas e sujeitas a ocasionar vieses. Mas um fato inegável é que se formam muitos médicos despreparados para o mercado de trabalho. Qualificam-se como técnicos excelentes para trabalhar para alguém e quando para si mesmos, o fazem de forma empírica e desorganizada por muito tempo.
Ainda os médicos formados parecem não ter conceitos bem definidos sobre a importância de suas entidades de classe (Conselhos Federais e Regionais de Medicina, Associações Médicas, Sindicatos Médicos e Conselhos de Especialidades ) e sobre a importância de estarem ligados a essas entidades e de conhecer o seu funcionamento e suas atribuições. Assim, não são propensos a exigir mediante pressão individual ou conjunta, e mesmo por força de lei a execução das suas funções.
Talvez por isso – por falta de conhecimento, interesse e participação do médico - essas entidades vem criando uma imagem de órgãos puramente representativos, sem participação efetiva nas questões realmente importantes para a categoria, com um componente político predominante, que punem atos isolados de médicos e ignoram questões fundamentais e importantes da categoria e com pobre poder de negociação com o governo, convênios de saúde e empresas administradoras de assistência médica.
Contudo, esta forma de interpretação no trabalho destas entidades é bastante equivocada, já que em muitos estados de nosso país é desenvolvido um trabalho sério e eficaz, como por exemplo, em Santa Catarina, onde principalmente após o surgimento do COSEMESC, que representa a fusão das três entidades representativas da classe médica, já conquistamos muitas etapas que visam melhorias para o exercício de nossa profissão.






Vivemos um momento onde nossa classe se tornou muito vulnerável, sendo constantemente responsabilizada, até pelo próprio Presidente da República, de ser causadora do caos na saúde, o que sempre foi muito manipulado pela mídia. Mas nós como classe sabemos que isto está muito longe de ser verídico, até porque somos profissionais de saúde e não gestores, e isto acaba denegrindo a imagem de uma classe que via de regra, deseja apenas trabalhar com tranqüilidade e boas condições, visando sempre o melhor para o seu paciente. É muito comum nos depararmos com avaliações que consideram o profissional médico, como “frio” ou pouco sensível. Mas aqui cabe uma reflexão:
Falar da sensibilidade de um profissional médico!
Tarefa fácil ou difícil? Quem arrisca?
Por estar dentro do contexto, vivenciando o dia-a-dia, a 27 anos, desta nada fácil profissão, a princípio pode parecer fácil, mas que nada, principalmente porque cada médico tem o seu arquivo de valores, crenças, ideologias, vivências, experiências e objetivos, mas um fato é inegavelmente comum a todos, é a vontade de sempre fazer o melhor, nós médicos temos o sentido aguçado da onipotência, mas ela não existe pra nenhum de nós, e quando nos deparamos com momentos em que isto é inegável, a sensibilidade vem à tona, vem com tudo e nem sempre é fácil administrar, apesar de todos os ensinamentos que nos são dados.
Não raro, ouço a seguinte expressão:
Eu jamais conseguiria ser médico, não tenho este sangue frio!!
E quem disse que médico tem sangue frio? Quem realmente acredita nisso?
Uma atividade que lida com os extremos do ser humano, vida e morte!
Nós lidamos com os mais diversos sentimentos, alegria, ansiedade, tristeza, solidão, depressão, angústia, medo, esperança, solidariedade, descrença, amor, ódio, ira, euforia, fé.
Com certeza, o mais cético, o mais rude, às vezes desaba.
Não há como não definir o sentimento que leva um indivíduo a optar pelo exercício da atividade médica como sublime e nobre e com certeza o dom para tal nos foi ofertado pelo nosso amado CRIADOR.
Finalizo o texto, deixando um cordial abraço aos colegas e a torcida para que esta ferramenta de comunicação seja um sucesso!

Dra. Maria da Conceição Lourenço Azêdo
Presidente Regional SIMESC.